• Agostinho Neto faleceu há 45 anos


    Em 1979, Angola perdeu uma das suas figuras mais emblemáticas e determinantes na história da Luta pela Independência: o Dr. António Agostinho Neto.
    O primeiro Presidente da então República Popular de Angola faleceu em Moscovo, na Ex-União Soviética, após complicações de saúde, num momento de grande dor e consternação para o povo angolano, que o tem como Herói Nacional, símbolo da resistência contra a opressão colonial e líder da construção de uma Nação independente e do Homem Novo.
    Nascido aos 17 de Setembro de 1922, em Icolo e Bengo, Agostinho Neto destacou-se como poeta, médico e político. Foi em Lisboa onde se formou, e desde muito cedo esteve envolvido em movimentos anticoloniais, o que o levou a ser preso e exilado pelas autoridades portuguesas por diversas vezes.
    A liderança no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) foi fundamental para a Luta Armada que culminou na independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
    Ao assumir a presidência da República Popular de Angola, Agostinho Neto enfrentou uma série de desafios, incluindo a guerra civil que se desencadeou no país entre os diferentes Movimentos de Libertação, além da interferência de potências estrangeiras. No entanto, a sua visão era clara: construir um Estado angolano soberano, socialista e livre das influências neocoloniais.
    Durante os quatro anos de consulado, Agostinho Neto foi a voz que defendia a necessidade de Unidade Nacional e de consolidação de uma Angola independente representando o desejo no seu discurso de proclamação da Independência, ao proferir a célebre frase: "O mais importante é resolver os problemas do povo”, que de tão emblemática marcou a postura de um líder comprometido com a justiça social e a igualdade.
    O desaparecimento de Agostinho Neto foi, por isso, um duro golpe para a jovem Nação. Em Moscovo, onde foi para receber tratamento médico, não resistiu a uma última batalha contra as complicações de saúde.
    A ex-União Soviética, que já mantinha uma relação próxima com Angola, no contexto da Guerra Fria, lamentou profundamente a perda, assim como vários líderes africanos e mundiais. O corpo do Presidente regressou a Angola, recebido de maneira marcante com grandes manifestações de luto por todo o país.

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