As expectativas da Cimeira de Negócios Estados Unidos da América-África, agendada de 22 a 25 de Junho deste ano, em Luanda, foram abordadas, esta quarta-feira, pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, e o encarregado de Negócios da Embaixada norte-americana em Angola, James Story.Angola e EUA abordam cooperação bilateral
Durante o encontro, as duas entidades passaram em revista o estado actual da cooperação entre Angola e os Estados Unidos da América, com foco nos projectos em curso e em novas oportunidades de parceria.
A conversa incidiu sobre o reforço da cooperação económica, a atracção de investimentos e o fortalecimento do diálogo diplomático entre os dois países.
A audiência concedida acontece num momento em que Angola se prepara para albergar a Cimeira de Negócios África-Estados Unidos, agendada para Junho deste ano, evento que visa atrair investimentos e incrementar o comércio entre os países africanos e os Estados Unidos da América.
Os diplomatas abordaram as expectativas em torno da referida Cimeira, onde na qual reforçaram a necessidade da diversificação da economia angolana e do fortalecimento das relações político-diplomáticas e comerciais entre as duas nações.
Na ocasião, Sua Excelência Téte António referiu alguns aspectos abordados na recente conversa telefónica que manteve com o seu homólogo norte-americano, Sua Excelência Marco Rubio, em Johannesburg.
As relações comerciais entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA) têm sido marcadas por intercâmbios relevantes, sobretudo no sector energético e em outras áreas como agricultura, segurança e tecnologia.
Os Estados Unidos da América são um dos principais parceiros comerciais de Angola, sendo o petróleo angolano o principal produto exportado para esse país.
Em contrapartida, Angola importa dos Estados Unidos da América produtos como equipamentos industriais, tecnologia, veículos e bens de consumo.
Empresas americanas, como a Chevron, ExxonMobil e Halliburton, têm uma presença importante na exploração de petróleo e gás em Angola.
A colaboração nesse sector envolve tanto investimentos directos quanto transferência de tecnologia e treinamento de profissionais angolanos.
Além do sector petrolífero, os Estados Unidos da América incentivam investimentos em agricultura, telecomunicações, mineração e infraestrutura.
O governo americano promove parcerias para diversificar a economia angolana, reduzindo sua dependência do petróleo.
Empresas dos Estados Unidos da América têm demonstrado interesse em investir na modernização do sector agrícola angolano.
Angola já participou do African Growth and Opportunity Act (AGOA), um programa dos Estados Unidos da América que concede facilidades para exportação de produtos africanos ao mercado americano.