Os Palancas Negras fecharam a forma invicta, após empate em 0 a 0, frente ao Sudão, na campanha de apuramento para o Campeonato Africano das Nações em futebol, CAN, Marrocos2025, na liderança do Grupo F, com 14 pontos.
Segunda-feira, no encontro de sexta e jornada derradeira, disputado no Estádio Mártires de Benina, na Líbia, Angola conservou o registo de invencibilidade e identificou um novo cadastro.
Com mexidas na equipe na ordem dos 80 por cento, o jogo começou com linhas fechadas, numa presença visível das disposições táticas dos dois treinadores em não facilitar. Com o meio campo necessário, os atletas do combinado angolano procuravam o caminho para conseguir sair das marcações.
Em presença de numerosos adeptos sudaneses, apoiantes incansáveis da sua seleção, os Palancas Negras, bastante interventivos nos primeiros minutos da partida, não se deixaram intimidar e causaram preocupação aos integrantes do último reduto dos Falcões do Deserto.
Zito Luvumbo, Randy N'teka e Zine Salvador, assumiram as investidas do combinado nacional. Volvidos alguns minutos, seguiram-se momentos de pouco brilho futebolístico, com faltas sucessivas e paragens por parte do Sudão, que antes da passividade do juiz, mostrava invariavelmente a virilidade do seu jogo.
Perto do intervalo, Angola teve a oportunidade mais clara durante os primeiros 45 minutos, de adiantar-se no marcador, numa arrancada fabulosa de Chico Banza, conforme mandam as regras, ao fazer um passe recuado para Zito Luvumbo, que por sua vez, num remate fraco, ofereceu a bola ao guarda-redes adversário.
Os anfitriões também pretendiam inaugurar o cartaz, na sequência de uma lança de contra-ataque, após Jordy Gaspar ter perdido o esférico em zona proibida. No entanto, foi crucial a atenção e o posicionamento de Neblu, que evitou os homens maiores.
Etapa complementar
No segundo tempo, Pedro Gonçalves, mexeu no xadrez e deixou no banco de suplentes o lateral esquerdo Pedro Bondo, com cartão amarelo, colocou Tó Carneiro. A tendência negativa no ajuizamento das lanças por parte do julgado voltou a tomar espaço, numa clara dualidade de critérios em relação ao Sudão.
A equipe nacional entrou bem. Novamente, Chico Banza, Randy N'teka, Maestro e Zine Salvador, protagonizaram um dos momentos mais sublimes do ponto de vista estético na partida, com trabalho de laboratório. Contudo, na entrada da área competitiva, Zine, rematou contra o adversário e perdeu-se uma chance de faturar.
Na reação, os Falcões do Deserto, viram os "santos milagreiros" a trabalhar a favor de Angola. A barra transversal de Neblu precisou de peças, após dois remates que tiraram tinta, numa sequência de "golpes" à baliza nacional. Os índices motivacionais do Sudão agigantaram-se e a crença veio ao de cima. Mais confiantes, intensificaram as transições rápidas, sob olhar impávido da equipe técnica de Pedro Gonçalves.
Antes dos 60 minutos, o combinado angolano voltou ao ritmo frenético das suas ações, com o ataque a produzir maior volume de jogo, em busca do almejado golo que não apareceu. Com cerca de 10 minutos perdidos só em queima de tempo, o juiz da partida adicionou apenas três, para compensar as paragens e neutralizações.
Angola com 14 pontos, fruto de quatro vitórias e dois empates, bem como Sudão com oito, garantiram a qualificação ao próximo Campeonato Africano das Nações 2025.