O ministro das Relações Exteriores, proferiu segunda-feira, em Budapeste, uma palestra dirigida a Academia Diplomática da Hungria, onde debruçou-se sobre as potencialidades económicas de Angola e dos esforços envidados pelo Chefe do Executivo para a manutenção da paz e segurança no continente africano.
O chefe da diplomacia angolana falava perante uma plateia composta por especialistas em Relações Internacionais, jornalistas locais e estudantes das várias universidades.
Na sua intervenção, o ministro ilucidou os presentes dos vários projectos estruturantes para o desenvolvimento sócio-económico do país, fazendomenção dos Planos Nacionais para o fomento da produção, como o Planagrão, Planapescas, Planapecuária Planomineral.
Téte António deu igualmente a conhecer que o país desenvolveu um amplo Programa de Produção de Energia à base de fontes não poluentes, nomeadamente através de painéis solares nas províncias de Benguela e do Namibe, que se juntam às barragens hidroeléctricas no médio Kwanza, bem como à produção de biocombustíveis, na província de Malange.
A República de Angola situa-se numa zona geopolítica que liga as regiões Central e Austral de África, com um mercado que ronda à volta de 800 milhões de consumidores.
Para facilitar o comércio e a circulação de pessoas e bens, o país construiu infra-estruturas estratégicas que servem de catalisadores para o reforço da integração regional.
Corredor do Lobito
Neste contexto, o chefe da diplomacia angolana referiu-se, também, ao Corredor do Lobito, que possui um Porto de Águas Profundas, ao qual está conectado o Caminho-de-Ferro de Benguela que liga Angola à RDC e à Zâmbia e com perspectivas de conectar-se ao Porto de Dar-Es-Salam, na Tanzânia.
O chefe da diplomacia angolana falou também da entrada em funcionamento, em 2023, do Aeroporto Internacional Agostinho Neto, em Luanda, que se ambiciona vir a tornar-se num "hub” que possa ligar à várias rotas aéreas para os vários destinos mundiais.
O diplomata referiu-se, igualmente, das várias reformas para a melhoria do ambiente de negócios, nomeadamente, o combate contra a corrupção, reforço da transparência (incluindo a adesão à Iniciativa da Transparência Internacional), simplificação e desburocratização administrativa, isenção ou simplificação de vistos, políticas financeiras e comercial amigas do investidor e forte investimento nos sectores de produção como electricidade, água, telecomunicações e outras infra-estruturas.