• Unidades fabris e fazendas inoperantes vão ser revertidas a favor do Estado


    Unidades fabris e fazendas em estado de abandono e de subutilização, na província do Cuanza-Norte, serão revertidas a favor do Estado, de acordo com a recomendação saída da reunião que o Presidente João Lourenço manteve, quarta-feira, em Ndalatando , com o Governo provincial.

    O objetivo é conferir utilidade para a qual tais empreendimentos foram concebidos. Com base num relatório do governador João Diogo Gaspar, membros do Governo prestaram esclarecimentos sobre questões específicas.

    João Lourenço constata potencialidades agrícolas

    Centenas de agricultores e fazendeiros da província do Cuanza-Norte participaram, em N'Dalatando, de uma feira agropecuária que durou dois dias. No evento, foram expostas as principais potencialidades agrícolas da região, que receberam a visita do Presidente da República, João Lourenço, acompanhado da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço.

    João Lourenço pôde observar de perto as potencialidades agrícolas da província durante uma visita à feira de produção, após inaugurar o hospital geral e visitar o projecto de abastecimento de água a partir do Lucala.

    Na feira, o Presidente da República interagiu com produtores dos dez municípios da província, que expôs os principais produtos agrícolas da região, como mandioca, banana, milho, feijão, ginguba, batata-doce, batata-rena, café e ananás. João Lourenço aproveitou a ocasião para transmitir mensagens de incentivo à produção local.

    Durante os dois dias de exposição, mais de três mil pessoas visitaram a feira, onde puderam adquirir diversos produtos provenientes de outras localidades da província. Alguns agricultores garantiram ao Presidente da República que a província tem potencial para se tornar uma das maiores produtoras de cereais, tubérculos e frutas, mas enfatizaram preocupações com o acesso a terras mecanizadas, a oferta de insumos agrícolas e o financiamento bancário.

    Firmino Dumbo, responsável pela Fazenda Samba Lucala, destacou que, na atual campanha agrícola, a fazenda pretende produzir soja, trigo, feijão e, experimentalmente, massango. O responsável acrescentou que, em Janeiro, a Fazenda Samba Lucala espera colher 8.000 toneladas de milho, uma das principais culturas produzidas em larga escala devido às suas características e alta procura no mercado. A fazenda também prevê uma safra de 4.050 toneladas de soja, produto reconhecido por seu valor nutricional, além de 520 toneladas de trigo e 360 ​​toneladas de feijão.

    O diretor da fazenda afirmou que a intenção é industrializar a produção, de modo a processar e comercializar os produtos localmente. Atualmente, a Fazenda Samba Lucala conta com 120 trabalhadores e enfrenta desafios como a aquisição de insumos e dificuldades em alguns pontos críticos da via de acesso à propriedade. Inaugurada em 2022, a fazenda possui 23 pivôs de supervisão que cobrem 12.300 hectares e está equipada com uma barragem de 450 metros cúbicos, além de um sistema de bombagem com sete geradores de 350 CVs que bombeiam 2.800 metros cúbicos de água por hora.