Um total de 48 dos 55 países africanos já aderiu à Zona Continental de Livre Comércio Africano (ZCLCA), o que representa uma adesão de quase 90%.
Na entrevista conjunta ao Jornal de Angola e o de Economia & Finanças, ambos títulos da Edições Novembro E.P, o economista angolano em serviço na ZCLCA, Gilberto António, aborda a presidência angolana da União Africana.
Angola assume a liderança da União Africana está semana, em Addis Abeba, na Etiópia, e é grande a expectativa, uma vez que África, por via da África do Sul, preside ao G20 (Grupo das 20 economias mais fortes do mundo), organização onde o continente tem assento.
De acordo com Gilberto António, a inclusão da União Africana no G20 constitui um marco significativo na presença diplomática e económica de África a nível mundial.
Por essa razão, explica o economista, Angola pode aproveitar esta nova plataforma para amplificar a voz de África em questões globais críticas como o financiamento do desenvolvimento.
“Angola, em nome de África, pode, igualmente, defender uma governação global mais inclusiva, promovendo a integração das prioridades africanas, tais como o desenvolvimento de infra-estruturas, a sustentabilidade da dívida e a industrialização, na agenda global de tomada de decisões”, disse.
Questionado se com a África do Sul a presidir, actualmente, ao G20, prevê alguma oportunidade de colaboração ou uma “comunhão de forças” entre a UA e o G20 sob a liderança de Angola, Gilberto António afirma que ambos os países (África do Sul e Angola) são membros da SADC e partilham uma forte relação política e histórica.
Desse ponto de vista, avança, Angola pode aproveitar o papel da África do Sul como presidente do G20 para aprofundar a cooperação em matéria de comércio, investimento e desenvolvimento sustentável.
“Não tenho dúvidas de que o Presidente João Lourenço trabalhará no sentido de apresentar uma posição unida e forte para África no âmbito do G20, assegurando que os interesses do continente sejam efectivamente r...
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Zona Continental de Livre Comércio com adesão de 90 porcento dos países